A ida do ex-deputado estadual Capitão Contar ao Partido Liberal (PL) causou impactos imediatos na estratégia eleitoral do ex-governador Reinaldo Azambuja, que também pretende disputar o Senado pela sigla. Com dois nomes no mesmo partido, a divisão interna pode enfraquecer o ex-governador e reduzir sua margem de crescimento, repetindo um cenário semelhante ao de 2018, quando múltiplas candidaturas governistas acabaram favorecendo Soraya Thronicke, então eleita com 16,19% dos votos (373.712 votos).

A movimentação abre espaço para que Soraya, ganhe tração no campo de centro e esquerda para conseguir voltar a se posicionar como alternativa competitiva na disputa. Com a possível entrada do presidente Lula (PT) em seu palanque, a campanha tende a ganhar “um novo rumo”, segundo aliados. O apoio do governo federal pode atrair os votos da esquerda sul-mato-grossense, que segue dividida e sem consenso interno.

Lula teve desempenho relevante em Mato Grosso do Sul no segundo turno das eleições presidenciais, quando conquistou 40,51% dos votos válidos, cerca de 599,5 mil eleitores. Esse contingente deve se tornar alvo prioritário da estratégia de Thronicke, que pode buscar o primeiro voto desse grupo e o segundo voto do eleitorado de centro que não pretende reforçar a chapa dupla do PL.

Com a forte polarização ainda presente e a possibilidade de alinhamento com o Palácio do Planalto, aliados avaliam que o cenário permanece em aberto e que a senadora Soraya Thronicke pode avançar rumo à reeleição, beneficiada pela estratégia de dois candidatos concorrendo pelo PL.

Fonte: Redaçao FATO 67